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Fenômeno climático, que atua entre a Argentina e o Paraguai, causa calor intenso nos estados do Sul; a “bolha de calor” está ligada ao La Niña, diz meteorologista

Fenômeno climático, que atua entre a Argentina e o Paraguai, causa calor intenso nos estados do Sul; a “bolha de calor” está ligada ao La Niña, diz meteorologista

14/01/2025 às 16h54
Por: Redação1 Fonte: ND Mais
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Uma “bolha de calor” irá ganhar força e se expandir esta semana, afetando partes do Sul do Brasil, além de países vizinhos como Argentina, Uruguai e Paraguai. As altas temperaturas, que podem superar os 38°C, devem persistir até o início da próxima semana.

Conforme o meteorologista Piter Scheuer, a onda de calor que está atuando entre o Paraguai e a Argentina acaba interferindo principalmente nas regiões Oeste dos estados do Sul do Brasil.

“No Oeste do Paraná, Santa Catarina e, principalmente, no sudoeste e no Oeste do Rio Grande do Sul, a bolha de calor pode proporcionar temperaturas próximas ou acima dos 36°C, podendo chegar a 38°C em alguns pontos”, explica o meteorologista.

Segundo Scheuer, o tempo vai ficar quente e abafado, principalmente nas cidades do continente. Ele explica que o fenômeno é uma onda de calor que deve atuar sobre a região sul do Brasil até o decorrer do início da próxima semana.

Calorão e alta umidade traz riscos de temporais no Oeste do estado

De acordo com Piter Scheuer, o fator de calor em combinação com a alta umidade pode ainda reforçar a formação de alguns temporais. “Esses temporais preferencialmente ocorrem durante o período da tarde e início da noite. São temporais mal distribuídos e irregulares”, destaca.

Na região centro-leste de SC, o calor segue marcando presença, mas não será tão intenso. As máximas devem ficar entre 33 e 35°C no litoral sul, na Grande Florianópolis até o litoral norte.

No Vale do Itajaí, as temperaturas devem variar entre 30 e 33°C, enquanto que no Oeste a temperatura fica em torno de 34 e 36°C. O risco de temporais é alto no Oeste, devido à combinação de calor, alta umidade e baixos valores de pressão atmosférica.

O que é a ‘bolha de calor’, fenômeno ligado ao La Niña?

Uma bolha de calor, também chamada de “cúpula de calor”, ocorre quando uma área de alta pressão aprisiona o ar quente na superfície, intensificando as temperaturas. Esse fenômeno pode durar vários dias e está se tornando mais frequente com as mudanças climáticas.

O calor será mais intenso em áreas continentais, com tempo abafado e temperaturas elevadas até o início da próxima semana, explica Scheuer. A influência do La Niña, que resfria as águas do Oceano Pacífico, contribui para chuvas irregulares, agravando o calor em regiões afetadas.

Segundo o meteorologista, a previsão é que a chuva volte a ser mais frequente e volumosa no final de janeiro e ao longo de fevereiro.

“No final de janeiro e no decorrer dos primeiros dez dias de fevereiro, a chuva se torna mais frequente e pouco mais volumosa, mas ainda assim sem muitos extremos”, conclui.

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