Santa Catarina é um dos estados brasileiros com pior avaliação em um levantamento sobre a transparência com que os governos informam sobre a situação do coronavírus, feito pela organização Open Knowledge Brasil. SC está em 18º lugar no país, em nível considerado “opaco” de transparência, ou seja, com pouca de clareza nas informações.
O levantamento serve para orientar os governos na busca por mais transparência na divulgação de dados. A Open Knowledge Brasil já fez duas avaliações. A primeira rodada no dia 3 de abril, e a segunda nesta quinta-feira (9).
O método de avaliação leva em conta as informações que cada Estado deixa disponíveis aos cidadãos em seus portais – não considera, por exemplo, as redes sociais. Entre os itens de transparência avaliados estão informações sobre a quantidade de testes disponíveis e aplicados, detalhes sobre a ocupação de leitos no Estado, e status de atendimento dos casos suspeitos ou confirmados de covid-19.
Embora Santa Catarina ainda esteja entre as piores avaliações do Brasil, o Estado melhorou 7 pontos na comparação entre os dados coletados no dia 3 e no dia 9 de abril. A Open Knowledge Brasil informou que o governo de SC aprimorou o detalhamento dos releases que são publicados no portal, o que melhorou a nota.
De modo geral, a avaliação dos Estados é ruim no Brasil. De acordo com a organização, 78% ainda não publicam informações suficientes para que o monitoramento da pandemia do novo coronavírus seja devidamente acompanhado pelos cidadãos.
O estado melhor avaliado é Pernambuco, o único considerado com nível alto de transparência. Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Ceará têm índice bom. Junto com Santa Catarina, entre os estados com nível opaco de transparência, estão Goiás, Acre, Sergipe, Espírito Santo, Amapá e Pará.
Fernanda Campagnucci, diretora-executiva da organização, diz que a organização dos dados pode ajudar a enfrentar o coronavírus. "Como o Ministério da Saúde publica dados muito agregados e os estados não observam os mesmos parâmetros de publicação, há muita variação entre os estados. Isso pode prejudicar a comparação e dificultar o planejamento a infraestrutura de saúde necessária para lidar com a crise".
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